segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um ano sem Dio

     

     Lembro muito bem daquele 16 de maio de 2010, um domingo. Aqui no interior do Rio Grande do Sul fazia um dia chuvososo e muito frio. Recebi a visita de alguns tios e tivemos um almoço em família. Mais tarde fui para a casa do meu avô olhar com ele o jogo do Internacional contra o Goías lá em Goiânia. Foi uma vitória suada, um 3x2 de virada. Fiquei muito contente pela vitória e voltei para minha casa satisfeito. E foi então que veio a bomba.
     Desde o meio do dia circulavam rumores de que o Dio não teria resisitido. Eu não estava levando fé. Quando ele fora diagnosticado com câncer mantive as esperanças, tinha a convicção que ele continuaria sendo o guerreiro bravo que sempre foi. Mas infelizmente até os mais intrépidos guerreiros sucumbem aos cruéis adversários. O dragão venceu esta batalha.
       O tamanho do choque e da tristeza eu não consigo representar ou medir com palavras. Foi como se uma parte de mim mesmo tivesse sido arrancada sem piedade. Um vazio corrosivo tomou conta do meu ser, e foi inútil querer segurar as lágrimas.
      A arte tem disso. Faz com que pessoas que sejam de um mundo muito diferente do nosso, e de outros cantos do planeta, se tornam parte de nós mesmo, como amigos, irmãos, ídolos que admiramos e louvamos por seus grandes méritos.
       Dio era uma figura única. Humilde, simpático e que despertava a alegria em qualquer um que cruzava seu caminho. O mundo do rock pesado perdeu um de seus ícones. Sua pouca estatura era compensada por um poder quase inexplicável, uma presença de palco que o agigantava e levava multidões ao delírio ao redor do mundo. De fato, 16 de maio de 2010 foi o dia mais triste da história do Heavy Metal.
      Meras palavras não conseguem traduzir todos os sentimentos envolvidos nessa história, então, não vou me alongar mais. Seco as lágrimas dos olhos, e com um aperto no peito espero que nosso gigante baixinho, estando no céu ou no inferno (ou por que não o Valhalla?), esteja olhando por nós, feliz, sabendo que fez a alegria de milhões de pessoas por tantos anos.
        A morte não é o fim. As pessoas que amamos continuam vivas em nossas memórias e corações, assim, se tornando eternas. Deuses não morrem, viram lendas.

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