sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

  
Aí pessoal que acessa o Metal Meltdown, desejo a todo mundo um feliz
natal, cheio de Heavy Metal e com muito headbang! E que 2011 seja um ano tão fantástico para nós fãs de metal como foi este 2010, onde tivemos discos incríveis, de bandas maravilhosas e que nos encheram de orgulho!
Muito obrigado a todo mundo que já passou por aqui e espero que tenham gostado, e para 2011tem muito mais, VALEU! :D


E para entrarmos num clima de natal verdadeiramente headbanger, fica aí este petardo do grande UDO:


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sirenia - The End of it All (Single)

     Outro dos discos que mais me interessam em 2011 é o próximo do Sirenia, que já tem nome e data de lançamento: “The Enigma of Life”, que chegará às prateleiras europeias no dia 21 do próximo mês, pelo lendário selo alemão Nuclear Blast. Aos poucos nós fãs vamos sendo abastecidos de amostras do que está por vir neste novo trabalho, com a divulgação há alguns dias atrás de duas faixas, e também agora dia 17 foi lançado oficialmente o single “The End of it All”.
    São apenas duas faixas, a que dá nome ao single numa versão editada para as rádios dedicadas ao metal na europa e uma interessante versão acústica de 'Fallen Angles' segunda música do track list regular de “The Enigma of Life”.
    Eu, pessoalmente, aprecio os rumos que o Sirenia vem tomando nos últimos discos; uma sonoridade grandiosa, com muitos corais e orqustrações, mas talvez menos pesado e menos intenso que os dois primeiros discos (E olhem que eu gosto muito desse estilo dos primeiros trabalhos!). Eu não diria que seja uma tentativa de amaciar o som para que ele seja mais palatável e seja mais facilmente consumido por um público não muito íntimo do metal; não, não creio que seja isso. De qualquer forma temos mostras que virá pela frente mais um ótimo material.
     Ao que parece, teremos um disco mais pesado, mas ainda assim dando bastante foco ao corais grandiosos e onipresentes. Isso fica claro em 'The End of it All', que mostra a vocalista Aylin bem mais firme e confiante, numa interpretação madura, e o instrumental na linha do que já se ouviu em “The 13th Floor” (2009), mas soando com algumas novidades, realmente com riffs mais densos e pesados, dando uma cara muito interessante ao som. Já 'Fallen Angels' tam mais um quê de ítem-de-colecionador, já que deve ser muito diferente de sua versão original que constará no disco; mas analisando o que se ouve no single, pode-se afirmar que seja uma faixa bem interessante .
     Enfim, este lançamento faz aumentar minha ansiedade por “The Enigma of Life”, e apost na mão certeira de compositorde Morten Veland e no talento e carisma de Aylin nos vocais.

O Sirenia é:

Aylin – Vocais
Morten Veland – Guitarra, baixo e vocais
Michael S. Krumins – Guitarra
Jonathan Perez – Bateria e percussões

Track List:

  1. The End of It All (Radio Edit) (3:56)
  2. Fallen Angels (Acoustic) (3:45)





Não creio que este single chegue nas lojas brasileiras, mas se por acaso você que baixou e gostou, caso puder comprar importado, não deixe de fazê-lo ;D

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Rhapsody of Fire - The Frozen Tears of Angels

      O Rhapsody of Fire (outrora conhecido apenas como Rhapsody) foi um dos precursores do que se convem chamar de Power Metal Sinfônico, e também é com certeza absoluta o nome mais importante e destacado dessa vertente até o dia de hoje. A banda passou por momentos conturbados desde o lançamento de “Tryumph or Agony” (2006), passando por um momento de baixa no quesito criatividade, e ainda por cima com uma delicada questão de direitos autorais sobre o nome “Rhapsody”, que acabou motivando a mudança no nome do conjunto. Apesar dos anos turbulentos e cheios de dúvidas que se seguiram, esses mestres italianos das orquestrações do metal não desanimaram, e agora em 2010 nos trazem este muítissimo interessante “The Frozen Tears of Angels”.
      Pelo menos na minha opinião, o disco de 2006 foi um pouco sem sal, de pouca criatividade e que parecia não ser muito inspirado. Já em “The Frozen Tears of Angels” a situação muda completamente de figura, onde a banda se mostra completamente em forma, muito entrosada e de volta com o espírito criativo mais flamejante.
      A intro 'Dark Frozen World' conta mais uma vez com a narração da voz poderosa de Christopher Lee, e com um clima orquestral extremamente bem construído, intenso, grandioso, e que prende o ouvinte até que chegue a faixa de abertura, 'Sea of Fate' que denota uma faceta mais progressiva, principalmente nos riff's de Luca Turilli; mas mesmo assim a música não deixa de ter aquele cárater épico e grandioso típico da banda. E esse mesmo cárater fica ainda mais latente em 'Crystal Moonlight', que soa bem mais power que sua antecessora, mas ao mesmo tempo englobando alguns elementos mais modernos que garantem-lhe bastante personalidade. Ótima faixa, e merece destaque a belíssima atuação de Fabio Lione no refrão.
      Talvez a faixa mais surpreedente de todo o disco seja 'Reign of Terror'. Começa baixa e sombria, com falas dispersas, violinos que vão cescendo até que explode um instrumental grandioso e marcante, com coros onipresentes, um refrão incrível e empolgante que conta com toda a versatilidade Lione, indo do limpo tradicional passando por vocais rasgados e raivosos. Vale também ressaltar o trabalho impecável de Alex Hollzwarth na bateria.
       Em seguida temos a típica música folk cantada em italiano, que no caso tem o nome de 'Danza di Fuoco e Ghiaccio'. Os primeiros momentos são de mais mostras da voz de Christopher, porém depois começa uma bela melodia de flauta, que ganha o acompanhamento dos demais instrumentos, de forma bem suave e bonita. A sonoridade da língua italiana combina muito bem com o clima do Rhpasody of Fire, e o resultado final da música é devéras interessante, sendo mais um ponto positivo do play. Já 'Raging Starfire' é um power metal super acelerado, que remete aos discos mais antigos da banda, com riff's muito virtuoses, pedal duplo metralhante, linhas de teclado grandiosas e os corais que colocam o refrão nas alturas. Muito boa faixa, que não prima pela originalidade, mas sim pela grande competência dos músicos.
       'Lost in Cold Dreams' é uma balada, que conta com bastante feeling, com o intrumental mais contido e simples, mas que transmite realmente sentimento. Lione mais uma vez nos brinda com uma bela intepretação, acompanhado por backing vocals que fazem do refrão algo realmente emocionante e grandioso. Na sequência vem a excepcional 'On the Way of Ainor', uma música bombástica, com corais e orquestrações magníficas, um refrão que chega a espantar pela sua grandeza e complexidade, fazendo da canção uma verdadeira peça de arte. Individualmente, merece nota 10!
      A faíxa título é a que encerra o disco. É longa, passando da casa dos 11 minutos. Já no seu início se sente um ar de trilha sonora de filme épico, tendo narrações, vocalizes de corais e passagens orquestradas que criam um clima sombrio e ao mesmo tempo instrigante. O seu decorrer alterna momentos mais calmos com momentos explosivos, tendo pequenos refrões espalhados, bastante peso, muita virtuose, belas linhas vocais e com todos os músicos tendo atuações de muito bom nível. Trantando-se de faixas longas, eles já fizeram músicas mais interessantes, mas de qualquer forma esta 'The Frozen Tears of Angels' é uma grande música, mostrando-se como uma composição madura e com vigor. Fecha o disco em alto nível.
       Liricamente falando, a história é a continuação do que se ouviu em “Tryumph or Agony”, com agora os heróis tendo que atravessar as terras congeladas do norte para conseguirem evitar o retorno de Necron. No encarte (muito bonito por sinal) fica tudo muito bem explicado, ajudando o ouvinte a entrar mesmo dentro da história.
        Por fim, o trabalho não é completamente brilhante, perfeito, inovador ou incontestável, mas mesmo assim podemos ter em mãos um disco de muita qualidade, de uma banda inspirada e satisfeita, que demonstra ter ainda bastante combustível para seguir em frente. Vale muito a pena ser adquirido e enriquecerá muito sua coleção!

O Rhapsody of Fire é:

Fabio Lione – Vocais
Luca Turilli – Guitarra
Alex Starapoli – Teclados
Patrice Guers – Baixo
Alex Holzwarth – Bateria


Track List:

  1. Dark Frozen World (2:12)
  2. Sea of Fate (4:49)
  3. Crystal Moonlight (4:25)
  4. Reign of Terror (6:52)
  5. Danza di Fuoco e Giacchio (6:26)
  6. Raging Starfire (4:56)
  7. Lost in Cold Dreams (5:14)
  8. On the Way of Ainor (6:59)
  9. The Frozen Tears of Angels (11:17)




quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Within Temptation - Where is the Edge (Download)

A banda divulgou hoje cedo uma faixa que estará no seu próximo disco de estúdio, "The Unforgiven", a ser lançado em março de 2011. Antes teremos um single agora em janeiro, mas para matar a vontade dos fãs por material novo eles divulgaram esta 'Where is the Edge', juntamente com o trailer de um filme feito por um diretor holandês.



Eu gostei bastante da música, que não é das mais inovadoras, soando bem ao estilo do "The Heart of Everything", que eu pessoalmente acho muito bom.

Aqui tem a música ripada do vídeo, numa qualidade bem razoável até. 

"The Unforgiven" é um dos discos que eu mais espero para 2011, e algo me diz que teremos mais um ótimo trabalho do Within Temptation.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tierramystica - A New Horizon

        Existem bandas que se espelham em seus ídolos, e fazem um som que acaba sendo uma cópia espelhada da música já feita por outros nomes, e que tem medo de arriscar, de inovar, de buscar uma cara própria e achar algo que níguem tenha pensado antes. Já outras, as que geralmente conseguem notoriedade e se tornarem grandes dentro da cena do metal buscam algo novo, mares ainda não explorados e o principal , uma identidade própria, não ser só mais uma banda-clone de algum gigante. E é nesse segundo tipo que se enquadram os gaúchos do Tierramystica. Apostando na fusão de heavy metal com elementos da música sulamericana, principalmente das culturas andinas, eles lançam seu primeiro trabalho, “A New Horizon”.
       Alguns poderão dizer que o Shaman já tinha feito isso no seu clásico disco “Ritual” (2002). Eu discordo de tal suposição, já que o Shaman englobava elementos místicos e tribais de várias partes do mundo, de uma forma diferente, enquanto que o Tierramystica se apega às nossas raízes do sul, aos andes, às culturas pré-colombianas e afins. E esse que é o grande diferencial da banda, a sua proposta, a sua identidade e é nisso que é o grande acerto deles: não ter medo de inovar.
        A sua proposta já fica muito bem clara logo na faixa de introdução 'Nueva Casilla'. Música intrumental que mistura os ritmos típicos dos indígenas andinos (principalmente percussões e flautas) com a influência espanhola na América do Sul ao longo de séculos de colonização. Belíssima melodia, que dá o tom e cria o clima para as demais faixas que virão mais adiante. Na sequência vem 'Golden Courtyard (Qori Kancha)', que já começa com muitas flautas e percussões, ao lado de bons e densos riff's de guitarra, bateria bem pegada e toda uma vasta gama de sonoridades distintas, que criam uma atmosfera incrível, única, repleta de peso e vigor misturada com uma veia étnica super latente. Vale ressaltar a impecável atuação de Gui Antonioli, que vai se mostrando como um dos melhores vocalistas brasileiros da atualidade.
     'Celebration to the Sun (Inti Raymi)' é um excelnete powermetal, que soa completamente rejuvenescido pela inclusão da musicalidade sulista; a bateria é perfeita, acelerada, pesada e com ótimas viradas, acompanhada de percussões e flautas por todos os cantos, guitarras e baixo muito entrosados. Excepcional faixa, muito criativa e inspirada. Com a ideia oferecida pela banda, a mítica cidade de El Dorado não poderia ficar de fora dos temas da músicas; e ela dá as caras na fabulosa 'New Eldorado (Qapac Nãn)', mais uma que é powermetal puro, enriquecido com belas melodias e sons exóticos, sendo muito empolgante e com um vigor impressionante.
      A longa 'Spiritual Song' é um poço de misticismo andino, que começa soturna, com flautas misteriosas, sutis linhas de teclado, que aos poucos vão construindo um clima maior, que vai ganhando corpo com as guitarras, o baixo e a bateria, ficando mais denso com os vocais. Ela soa como uma jornada espiritual, onde alguém busca o seu eu, transcendendo o limite do mundo dos meros homens. Faixa sensacional, que consegue ser a perfeita síntese do ideal proposto. Logo depois temos a belíssima balada 'Winds of Hope (Suyanawayra)', que não deixa a desejar no quesito feeling, que tem ótima técnica dos músicos e a bela apresentação mais uma vez de Gui.
       O começo cadenciado, com bonitas linhas de teclado, de 'Wide Open Wings' abre caminho para uma faixa muito elegante, mais cadenciada que as demais, com uma boa dose de peso, flautas e percussões bem colocadas, que conduzem o ouvinte para as belas paisagens sulamericanas. Temos então 'Away from the Dream', que exala sons andinos por todos os cantos, com uma versátil interpretação do vocalista e com mais e mais mostras do belíssimo clima que as inserções de intrumentos poucos comuns são capazes de propiciar, e que na sua reta final fica muito épica e com feeling. A banda se mostra realmente muito inspirada, sendo versátil e de músicos muito talentosos.
      O final fica por conta de 'The Final Rest', que traz o peso e a virtuose com tudo novamente. Conta com um ótimo refrão, bastante empolgante, instrumental afiado e cheio de personalidade. Tem muita técnica, mas sem perder a emoção, e reune de tudo um pouco que se ouviu no play até ali. Um encerramento em altíssimo nível.
       São bandas como o Tierramystica que dão sustenção ao metal brasileiro, que não o deixam perecer de vez em meio a uma cena que vai aos poucos desmoronando. Trata-se de um conjunto com potêncial gigantesco, que tem tudo para estourar no exterior e entrar de vez para o hall dos gigantes do metal brasileiro. E também espero que eles sirvam como exemplos a todos os jovens que sonham em ter uma banda, para que eles não tenham medo de pensar em algo novo, que sejam ousados, com espiríto aventureiro e que evitem ao máximo a mesmice, para mão entrarem no mar de saturação que acaba se tornando qualquer vertente muscial.

O Tierramystica é:

Gui Antonioli – Vocais e percussões
Alexandre Tellini – Guitarra solo, guitarra base, guitarra acústica e zamponãs (tipo de flauta )
Fabiano Müller – Guitarra solo, guitarra base, guitarra acústica e quenãs (outro tipo de flauta)
Duca Gomes – Bateria
Ricardo “Chileno” Duran – Vocais, charango, guitarra acústica, craviola, bombo legüero e ocarinas.
Rafael Martinelli – Baixo
Luciano Thumé – Teclados


Track List

  1. Nueva Castilla (2:32)
  2. Golden Courtyard [Qori Kancha] (6:55)
  3. Celebration to the Sun [Inti Raymi] (5:59)
  4. New Eldorado [Qapac Ñan] (5:51)
  5. Spiritual Song (7:27)
  6. Winds of Hope [Suyanawayra] (4:45)
  7. Wide Open Wings (6:45)
  8. Away From the Dream (5:04)
  9. The Final Rest (4:49)




E eles ao vivo também são incríveis! Domingo agora na abertura do Angra botaram pra quebrar. E comprei o CD lá, 10 reais, barbada!
Parabéns igualmente para a Daydream IX pelo ótimo show!

E o Angra foi sensacional, apesar das falhas técnicas que atrasaram o show, mas de qualquer forma  foi maravilhoso.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Halford - Made of Metal

      Rob Halford não ostenta o título de Metal God a toa. Sua trajetória dentro do heavy metal é repleta de altos de baixos, mas os seus momentos de maior brilho sempre renderam trabalhos seminais dentro da cena, que acabaram por influenciar gerações e gerações de músicos ao longo dessas 4 décadas de estrada.
      Há praticamente um ano atrás ele lançava o estranhíssimo “Winter Songs”, de músicas natalinas em versão metal. Decididamente o disco não agradou os fãs muito menos a crítica especializada. Bem, provavelmente ele estava guardando o melhor para este ano de 2010, no qual ele lança pelo seu própio selo, o Metal God Records, este espetacular “Made of Metal”. Contando com um time de muito peso e respeito, Halford nos dá um disco que é o mais puro heavy metal, repleto de força e intensidade, e que dá banho de vitalidade em dezenas de bandas de garotos que andam na crista da onda do mundo metálico.
      Os trabalhos já começam com uma porrada, 'Undisputed' tem riff's cavalgantes, poderosos, bateria afiada e toda a potência da voz de Rob, que decididamente se mantém no auge da forma. Mais uma pedrada vem depois, a acelerada e atordoante 'Fire and Ice'; um tiro curto que é um verdadeiro tapa na orelha com toda a força, um metalzão que remete ao clássico do Judas Priest “Painkiller” (1990) e é um dos maiores detaques do disco.
     A música de trabalho, 'Made of Metal', tem alguns sons eletrônicos discretos espalhados por eu andamento, mas que não tiram a força e a potência da música, que conta com um refrão ótimo, fácil de cantar junto e que dá mostras da versatilidade de Halford. Ao vivo a música soa bem mais pesada, sem ter as firulas eletrônicas, e fica muito boa para agitar com o público. A sequência de petardos continua fervendo com 'Speed of Sound', uma faixa que soa como se fosse da época do Britsh Steel, no melhor estilo oitentista, mas que ao mesmo tempo exala modernidade. 'Like There's no Tomorrow' é uma música muito bacana, que une cadência com peso, com um excelente refrão, super moderna e dinâmica (e que conta com um belo vídeo promocional, simples mais muito bem feito, de imagens da recente turnê do disco).
     A interessante 'Till the Day I Die' tem um certo quê de Rock clássico, uma levada meio hard rock setentista, ainda mais com a interpretação de Halford, que mistura tons altos com mais baixos perfeitamente; um outro destaque altamente positivo da bolacha. Já 'We Own the Night' tem uma pegada mais calma, com feeling e uma letra muito bacana, que dá um tom bem especial para ela, e sem contar com mais uma pérola de interpretação deste senhor britânico.
    'Heartless' pessoalmente me lembra o disco “Crucible” (2002), pois tem aquele mesmo ar mais experimental, com algumas levadas diferentes do habitual; e esse possível experimentalismo tem um muito bom resultado, fazendo-a soar dinâmica, envolvente e criativa. E a atmosfera clássica retorna com 'Hell Razor', que tem riff's maravilhosos, momentos intensos e pesados e vocais rasgados primorosos. Temos mais uma pedrada com 'Thunder and Lightning', um heavy metal da mais alta qualidade, com groove, instrumental perfeito e um ótimo bom gosto, elegante e com bons momentos virtuosos.
     É um tipo de balada a bela 'Tweenty-five Years', que tem bastante feeling, bom instrumental e com Rob cantando demais. A seguir vem a pesadíssima 'Matador' e a cadenciada 'I Know we Stad a Chance' que conduzem o ouvinte para o desfecho com absurdamente pesada e atordoante 'The Mower', que mostra Rob usando sua capacidade vocal ao extremo, com agudos incríveis e uma gana para o metal que dá show e exemplo para todos os qu são mantes desta nobre arte chamada heavy metal. Um final realmente apoteótico.
     “Made of Metal” é um dos grandes discos de 2010, de alguém que é fiel ao que sempre fez de melhor, que abdicou totalmente das invecionices absurdas do passado e que presenteia todos os headbangers com o que demlhor o heavy metal pode nos dar. Um discaço que merece ser adquirido!

A banda Halford é:

Rob Halford – Vocais
Roy Z – Guitarra
Metal Mike Chlasciak - Guitarra
Mike Davis – Baixo
Bobby Jarzombek – Bateria


Track List:

  1. Undisputed (5:16)
  2. Fire and Ice (2:52)
  3. Made of Metal (4:01)
  4. Speed of Sound (4:31)
  5. Like There's No Tomorrow (4:20)
  6. Till the day I Die (3:50)
  7. We Own the Night (3:54)
  8. Hearless (3:58)
  9. Hell razor (3:44)
  10. Thunder and Lightning (5:27)
  11. Tweenty-five Years (7:00)
  12. Matador (5:39)
  13. I Know We Stand A Chance (3:51)
  14. The Mower (4:40)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Allen-Lande - The Showdown

       Este projeto Allen-Lande já nos havia proporcionado dois excepcionais álbuns, que decididamente não reinventaram o metal melódico, mas que eram produtos muito bons, e que fizeram a alegria dos fãs desses dois grandes vocalistas, com músicas incríveis e interpretações de dois dos melhores vocalistas da atualidade. E desta feita também não seria diferente, “The Showdown” é um discaço, repleto de grandes canções, melodias marcantes e as vozes imponentenes de Russel Allen e Jorn Lande.
      Mais uma vez as composições ficaram a cargo de Magnus Karlsson (guitarrista do Primal Fear), que se mostra um grande compositor, criando grandes músicas, muito melódicas, de bons refrões e decididamente empolgantes. Todas as faixas são muito boas, num nível criativo e de produção muito altos.
      A primeira faixa é o título do disco; um daqueles grandes embates entre Jorn e Russel, num clima grandioso e épico. Tem ótimos riff's e uma levada empolgante, que agita e deixa o ouviente bem animado. A seguir chega 'Judgement Day', single do disco e que ganhou um video promocional (estranhamente apenas com Jorn). Outra peça grandiosa e épica, com linhas de teclados que dão uma sustenção gigante ao som, deixando realmente um clima de grandeza; e ainda há o maravilhoso refrão, que gruda na cabeça na hora. Logo depois temos 'Never Again', metalzão melódico da melhor qualidade, de instrumental na medida, com mais um fabuloso refrão e interpretações ispiradas dos vocalistas, que duelam de forma sensacional.
       'Turn All Into Gold' e 'Bloodlines' são uma excelente dupla, que não deixam o ritmo do disco cair. 'Copernicus' é um baladão, repleto de feeling, e com toda a versatilidade dos vocalistas; uma música muito bonita e elegante, que garante uma pitada mais soft ao trabalho. Depois vem 'We Will Rise Again', que retoma o peso e a virtusoe, com grandes linhas de teclado, riff's certeiros e todo uma atmosfera especial criada pela forma como a letra é conduzida; grande faixa!
      O taleto de Magnus para excelentes refrões fica muito latente em 'The Guardian', que é daquelas de se cantar junto com toda a vontade, cujo instrumental vai crescendo até chegar no refrão épico cheio de vigor e fôlego. Mais uma que podemos chamar de balada: 'Maya'. Tem uma levada muito boa, momentos que cresce bastante e tem uma boa dose de peso,e ainda por cima todo o feeling da voz de Russel, que tem maior destaque nesta faixa.
      'The Artist' tem um leve quê sinfônico, principamente nos seus primeiros intantes; ótimos teclados, a bateria mais presente e muito bons riff's. E o disco se encerra com 'Eternity', que mescla muito bem peso e leveza, com Jorn e Russel arrebentando, para fechar com chave de ouro este maravilhoso trabalho.
      Eu não diria que este “The Showdown” seja melhor ou pior que “The Battle” (2005) ou “The Revenge” (2007), mas afirmo com toda a segurança que é do mesmo nível que os outros dois, com os dois vocalistas em suas melhore fase e com composições de Magnus tão inspiradas quanto. Em suma, um disco feito especialmente feito para fãs fiéis do bom e velho metal melódico, fino e elegante, com técnica e feling ao mesmo tempo. É um disco de boa música, e se você for fã dos trabalhos destas duas lendas do metal, não pode deixar de conferir!


Allen-Lande Project é:

Russel Allen e Jorn Lande – Vocais
Jaime salazar – Bateria
Magnus Karlsson – Guitarra, baixo, teclados e backing vocals


Track List:

  1. The Showdown (6:03)
  2. Judgement Day (5:59)
  3. Never Again (4:58)
  4. Turn All Into Gold (4:01)
  5. Bloodlines (5:07)
  6. Copernicus (5:03)
  7. We Will Rise Again (5:53)
  8. The Guardian (4:40)
  9. Maya (4:25)
  10. The Artist (5:10)
  11. Eternity (5:35)



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Hydria - Poison Paradise


         A banda de Symphonic Metal carioca Hydria está lançando seu segundo álbum de inéditas, intitulado “Poison Paradise”, sucessor de “Mirror of Tears” (2008). Se utilizando da divulgação e da amplitude oferecidas pela internet, eles apostam na distribuição gratuita do trabalho, oferecendo-o gratuitamente para download em seu site, mas também reforçando que existe o produto físico à venda. Musicalemnte falando, é um disco que supera e em muito seu antecessor, mostrando todo o talento e garra de uma jóia da nova geração do metal verde e amarelo.
       Segundo o realese divulgado pela banda, a ideia cenral do disco é o impacto que o ser humano causa sobre o mundo que o cerca, meio ambiente, sociedade e semelhantes. Aborda uma vasta gama de sentimentos, dos mais intensos aos mais suaves, refletindo sobre o péssimo modo como o homem conduz o mundo, que quase está fadado a auto-destruição, mas que ao mesmo tempo ainda pulsa e tem esperança. É um disco maduro, repleto de sonoridades distintas, denotando uma banda muito segura e confiante.
       A audição já começa com tudo em 'Time of my Life (Center of my Universe)', que logo de cara despeja riffs pesados, bateria acelerada e técnica, vocais guturias que constrastam com os limpos da vocalista (no manjado modelo “A bela e a fera”, mas que aqui soa muito bem, sem ser taxado ou repetitivo). Uma ótima faixa de abertura, que dá a tonalidade do que virá mais adiante. 'The Place Where We Belong' também é bastante pesada e bombástica, tendo um clima bastante soturno, o que dá um ótimo contraste com seu peso, redundando numa atmosfera muito criativa.
        Logo em seguida vem a também muito boa 'Whisper', que conta com um andamento mais cadenciado, um clima mais light, mas que tem pegada e personalidade, e ótima interpretação de Raquel Schüler. A seguir chega a bela 'When You Call My Name', que mescla alguns elementos que me soaram um pouco folk, com melódias mais pop, mas sem nuncar perder de vista o peso e a intensidade. E o refrão é muito bom, marcante e fácil de acompanhar.
         A faixa que vem depois, 'Finally', tem uma certa pegada de metal melódico, bem acelerada, com técnica e peso característicos, mas que juntamente deixa muítissimo claro a latente veia sinfônica da banda. Uma peça muito interessante e versátil. Como nome bem diz, 'Prelude' é um prelúdio (:p), soturno e sombrio, que se une com 'Distant Melody', que também é curta, sozinha não passando de 3 minutos; é uma música mais reta, com menos elementos sinfônicos ou ambientais, mas que não é ruim por causa disso, muito pelo contrário, sendo absolutamente competente e bem empolgante até. 'The Sword' é a próxima, com teclados grandiosos logo de primeira, que abrem caminho para ótimos riffs de guitarra, que se unem ao restante do instrumental formando um musicão, grandioso e surpreendente.
       A dupla 'Queen of Rain' e 'Sweet Dead Innocence' demonstra toda a versatilidade da banda, englobando muitas coisas distintas, indo de momentos sombrios e obscuros até explosões grandiosas, com alguns corais, sinfonias e melodias sensíveis e marcantes. A faixa título talvez seja a melhor de todas, que une tudo o que se ouviu antes, muito peso, harsh vocals, teclados muito bem colocados e o incrível clima sinfônico, excepcionalmente bem construído.
      E o disco termina com 'In the Edge of Sanity' e 'The Only One', que trilham o mesmo caminho das demais, sendo por isso muito boas e interessantes.
      O Hydria é uma banda muito promissora, que dentro de uma cena supersaturada consegue ser única e criativa. Óbviamente que se espelham em bandas como Nightwish, Epica, Within Temptation, o finado After Forever e outros grandes nomes, mas em momento algum tentam ser uma cópia descarada destas, tendo sua própria personalidade e sonoridade, apostando no próprio talento e criatividade, não em fórmulas batidas. E isso logo se vê com a vocalista Raquel, que não é uma Tarja/Floor/Simone wannabe, mas sim uma moça de muito talento e luz próprias, que além da beleza tem muita técnica e versatilidade. E isso tudo também vale para os demais integrantes, que buscam ser sinceros como que se propõe, o que é fundamental para o mundo musical de hoje em dia.
       O download é de graça, mas quem gostar mesmo tem o dever de comprar o CD original e dar apoio para a banda, que tem tudo para ser mais um representante do prolífico e talentoso (porém tão desvalorizado em sua prórpia terra) metal brasileiro para o mundo todo admirar!

O Hydria é:

Raquel Schüler – Vocais
Marcelo Oliveira – Guitarra
Márcio Klimberg – Teclados
Turu Henrick – Baixo
Fabiano Martin – Bateria


Track List:

  1. Time of My Life (Center of My Universe) (4:35)
  2. The Place We Belong (4:48)
  3. Whisper (4:01)
  4. When You Call My Name (4:48)
  5. Finally (4:45)
  6. Prelude (0:55)
  7. Distant Melody (2:45)
  8. The Sword (4:22)
  9. Queen of Rain (4:08)
  10. Sweet Dead Innocence (4:43)
  11. Poison Paradise (4:22)
  12. Tn the Edge of Sanity (3:49)
  13. The Only One (4:06)



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Daydream XI - Humanity's Prologue

     “Em 2005, foi formada a Osmium, banda sem grandes pretensões e que tocava apenas covers. Nos anos seguintes, o grupo passou a compor músicas próprias e, junto com a formação de sua identidade musical, conquistou cada vez mais fãs, paralelamente ao amadurecimento do grupo. No final de 2008, o grupo mostrou sua nova fase, DAYDREAM XI. Com este novo nome, o quinteto formado por Tiago Masseti (vocal), Marcelo Pereira (guitarra), Cássio de Assis (guitarra), Tomás Gonzaga (baixo) e Lucas Santos (bateria) apresentou seu prog/power metal, lançando seu primeiro EP, intitulado "Humanity's Prologue" (disponível aqui na página do myspace), que conta com produção do guitarrista Renato Osorio (Magician, Scelerata e Fighterlord). Em 2009, Lucas Santos deixou a banda e agora o Daydream XI conta com um novo baterista, Bruno Giordano, que será apresentado em breve. Em meio a isso a banda está compondo o material que estará em seu primeiro álbum.”
       Essa é a biografia que consta na página do Myspace do Daydream XI, uma muito interessante banda gaúcha de metal progressivo, que eu acabei conhecendo por acaso, ao ver que eles iriam ser uma das bandas que irá abrir o show do Angra em Porto Alegre no próxima dia 5. Baixei o dito EP “Humanity's Prologue”, disponibilizado gratuitamente no Myspace, e fiquei positivamente surpreso com o que ouvi em suas 4 faixas autorais.
       A banda faz um prog metal bastante característico, visivelmente calcado em Symphony X, em algo que soa como ua mistura de “V: The New Mythology” (2000) com “Paradise Lost” (2007). Une muito coerentemente peso com técnica e virtuosismo, com ótimos solos de guitarra de Marcelo Pereira e Cássio de Assis, baixo bem ativo e bateria que flutua entre peso e quebras muito bem colocadas, e ainda a muítissima competente apresentação vocal de Tiago Masseti, que tem traços característicos dos vocalistas de prog, mas que também sabe muito bem dar uma personalidade própria para sua interpretação. O rapaz pode ser tido como uma bela revelação no cenário nacional, um ótimo vocalista, cheio de potencial e vontade.
       Bem, não vou me ater muita nas faixas, que tem suas características próprias e marcantes, mas deixo a cargo de quem se interessar conferir e tirar suas conclusões, já que vale bastante a pena, já que é um trabalho bastante profissional, bem gravado e produzido, de uma banda de futuro.
      E outra coisa que me chamou a atenção foi a belíssima arte da capa, assinada por Gustavo Sarzes (Nome que vem se consolidando na cena do metal, trabalhando com as principais bandas do país). Para uma banda iniciante eles estão investindo bem, oferecendo um ótimo material em todos os aspectos para o público.
       Não tenho certeza se existe CD físico do EP, mas se por acaso tiver para vender no domingo comprarei um e vou ver se existe algum outro ponto de venda. Se alguém aí curtir o som deles, e for possível comprar o produto, não deixe de faze-lo, para prestigiar e dar força para o nosso cenário nacional! ;D

O Daydream XI é:

Tiago Masseti – Vocais
Marcelo Pereira – Guitarra
Cássio de Assis – Guitarra
Tomas Gonzaga – Baixo
Bruno Giordano – Bateria


Track List:

  1. Graveyard of Disgrace (7:25)
  2. Beyond the Veil (4:46)
  3. Travel Throught Time (6:20)
  4. Open Minds (10:25)

sábado, 27 de novembro de 2010

Jon Oliva's Pain - Festival

       Jon Oliva é uma lenda viva. Ajudou a fundar uma das bandas mais influentes da história do Heavy Metal, o Savatage, em idos dos anos 80. Mesmo a banda não tendo o reconhecimento que mereceria, é uma das maiores e mais importantes de todos os tempos, tendo influencido gerações de bandas nas décadas seguintes. Com o fim definitivo do Savatage em 2001 (ou ao menos uma pausa que se estende até hoje e sem previsão de retorno), Jon começou uma nova empreitada, o Jon Oliva's Pain.
     Com esta banda nova Jon explora novos horizontes e sonoridades, sem tentar ser uma cópia descarada do que ele já fizera no seu passado dourado com o Savatage. Este “Festival” é o quarto registro da banda, e o primeiro a ter realmente alguma notoriedade e aceitação positiva, já que os anteriores causaram bastante desconfiança entre os fãs e a crítica, em razão de seus experimentalismos estranhos e não muito bem sucedidos. Porém desta vez Jon acertou a mão, criando um disco de Heavy Metal da melhor qualidade, extremamente criativo, mas que não apela para invencionices sem pé nem cabeça, num resultado primoroso, elegante de um bom gosto incrível.
     'Lies' abre a audição mostrando que o Rei da Montanha não veio para brincadeira. Uma música pesada, de riff's legais e todo um clima criado juntamente com as linhas de teclado do próprio Jon. Melhor início impossível. Em seguida temos a melhor do disco, 'Death Rides a Black Horse', que já começa com uma levada sombria de guitarra, mais teclados atmosféricos e flutuantes que compõe um clima obscuro e mesterioso, e uma interpretação irreprensível do vocalista, dando a entender que encontra-se ainda no auge de sua voz. Uma música fabulosa, de refrão grandioso que fica ecoando pela cabeça durante muito tempo. Sim, a melhor do disco.
       O play segue com a faixa-título, que segundo o próprio autor foi inspirada num pesadelo que teve num hotel holandês há alguns anos (e o tema acabou influenciando toda a temática do disco). Assim como um pesadelo, é uma música bastante escura, assim digamos, soturna, e pertubadora, com afinações e timbres diferentes do usual. Uma bela música que encara bem a tarefa de ser o título do trabalho. E por falar em soturnidade, 'Afterglow' leva o termo ao pé da letra. Inicia como uma baladinha bonitinha, como um belo dia de sol, mas que aos poucos vai escurecendo até se tornar uma noite escura e cheia de assombrações. Numa tradução livre significaria algo como “após o brilho”, e com o clima que ela tem, é um termo mais que apropriado.
        As guitarras de 'Living on the Edge' são bem mais destacadas em relação aos elementos climáticos, soando bem heavy, direta e sem firulas. Mais um dos pontos altos do disco. E depois vem uma bonita balada, 'Looking for Nothing', mostrando um Jon que sabe variar bem seus tons de voz ao cantar, com uma interpretação completamente limpa e cristalina. Tem um instrumental bem simples, mas repleto de feeling e bom gosto. Uma bela pérola no meio deste mar de obscuridades e pesadelos.
        É pesadona e raivosa a faixa subsequente, 'The Evil Within'. Mais guitarras destacadas, alguns corais discretos próximos ao refrão, Jon cantando demais e com certeza repleta de figuras assombrosas dos mais tenebrosos pesadelos. 'Winter Heaven' é outra que começa suave e tranquila, mas que ao longo do tempo vai sendo deformada até virar uma cena caótica de distorções e peso, vocais insanos e uma imagem de uma paisagem de inverno cinzenta onde algo macabro acontece. Belíssima canção.
      Somos conduzidos para o final do disco com 'I Fear You', muito pesada, cheia de distorções e teclados, e com um refrão nada melódico, mas que fica bem grudado na cabeça, numa interpretação magistral de Jon, que sabe dosar raiva com leveza perfeitamente. E para terminar temos mais uma ótima balada. 'Now' se diferencia porque reune elementos bem soft's com algumas coisas mais pesadas, com sutileza, dando uma cara única a ela, fechando o disco com classe, como se acordassemos de uma noite de sono tumultuada.
       Vale ressaltar que algumas das músicas deste “Festival” foram criadas a partir de gravações antigas Criss Oliva, irmão de Jon e guitarrista do Savatage, que acabou falecendo num acidente de carro nos anos 90. Uma forma muito digna de homenagea-lo já que provavelmente o Savatage não voltará a se reunir.
       Baita disco, bastante variado e criativo, que deve agradar os fãs do finado Savatage e também a quem admira este grande sujeito que está na história do Metal mundial.


O Jon Oliv's Pain é:

Jon Oliva – Vocais e teclados
Matt Laporte – Guitarra
Tom McDyne – Guitarra
Kevin Rothney – Baixo
Chris Kinder – Bateria



Track List:

  1. Lies (6:19)
  2. Death Rides a Black Horse (6:15)
  3. Festival (4:59)
  4. Afterglow (6:50)
  5. Living on the Edge (5:10)
  6. Looking for Nothing (3:05)
  7. The Evil Within (5:15)
  8. Winter Heaven (7:38)
  9. I Fear You (5:11)
  10. Now (4:23)



sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Stratovarius - Darkest Hours (EP)


        Postagem curta e rápida. Acabei de baixar o novo EP do Stratovarius, “Darkest Hours”. Depois da saída de Timmo Tolkki a banda lançou o fraco “Polaris”, que mostrava um grupo que começava a buscar uma nova cara, uma nova força mas sem perder a essencia dos anos dourados; fora com passos lentos e cambaleantes, que redundaram num disco confuso e pouco inspirado, mas que mostrava potencial.
        Pois bem, precedendo o lançamento de “Elysium”, no próximo mês, temos este interessante EP chamado “Darkest Hour”, que traz cinco fiaxas, sendo duas inéditas, uma demo e dois clássicos gravados ao vivo durante a recente turnê do último disco. Minhas expectativas sobre o vindouro disco cresceram, já queo material apresentado é bastante animador.
       A faíxa-título tem a cara do Stratovarius, acelerada, guitarra virtuosa e bumbo duplo comendo a valer e refrão melódico. Mas não soa datada ou batida, um tipo auto-plágio ou qualquer coisa do gênero; tem uma cara toda especial, única, muito legal e que atiça a curiosidade sobre o que ainda está por vir. E 'Infernal Maze' trilha o mesmo caminho, com toda a virtuosidade inerente à tradição da banda, efeitos e teclados em seu início com falas de Kotipelto, que mais adiante dá mostras de estar na sua melhor fase como vocalista. Muito boa música, e quedá ainda mais esperança para “Elysium”.
       Ainda temos a versão demo de 'Darkest Hours', e os clássicos 'Against the Wind' e 'Black Diamond' em versão ao vivo da “Polaris World Tour” no ano passado e no começo deste. Não acrescentam muito mais, mas são itens interessantes para quem coleciona tudo referente a banda.
        Em suma, um ótimo aperitivo, e que valerá bastante a pena adquirir quando chegar as lojas.

O Stratovarius é:

Timo Kotipelto – Vocais
Jens Johansson – Teclados
Matias Kupiainen – Guitarra
Jörg Michael – Bateria
Lauri Porra – Baixo


Track List:

  1. Darkest Hours (4:12)
  2. Infernal Maze (5:34)
  3. Darkest Hous – Demo (4:35)
  4. Against the Wind – Live (4:02)
  5. Black Diamon – Live (7:30)




Recentemnete o baterista Jörg Michael foi dignosticado com um câncer de tireóide. Algo muito ruim e complicado, mas acredito que com as vibrações positivas de nós fãs ele se livra dessa! Força Jörg!


E Agadecimentos especiais ao Pikachu Sama pelo link. Valeu amigão!

Shaman - Origins

      Acabo de ler no Whiplash uma carta-protesto escrita pelo Thiago Bianchi, vocalista da formação nova do Shaman. Desde que o Shamam recomeçou após a saída do Andre Matos e dos irmãos Mariutti eu tive uma leve implicância com ele, que nesse exato momento em que redijo estas linhas desvaneceu-se, dando lugar a uma enorme admiração. Eu não vou citar aqui o que ele disse, confira você mesmo clicando aqui.
       E aproveitando o ensejo, decidi então falar do novo lançamento do Shamam, “Origins”. Em 2007 veio ao mundo o renascimento da banda, que parecia ter colocado final numa curta e impactante carreira; mas Ricardo Confessori não desanimou (alguns fãs mais extremistas preferem achar que se tratou de interesse, mas enfim) e recrutou novos e talentosos músicos para reerguer a banda das cinzas. E neste contexto tivemos o muito bom “Immortal”, que desagradou vários fãs antigos, mas que deixou boa impressão para outros tantos e ainda arrebanhou novos seguidores.
      “Origins” teve um processo longo e demoradode criação. Foram três anos de muito trabalho, de muita dedicação e esforço, onde cada detalhe foi lapidado ao extremo pra que ao fim o fã tivesse um material de qualidade irreprensível e altíssimo nível, não deixando absolutamente nada a desejar a qualquer banda europeia ou americana. A história por trás de “Origins” é a de um garoto de uma tribo dos confins da Sibéria (terra de origem dos primeiros xamãs que se tem notícia), que tem como missão de vida se tornar o líder mágico e espiritual de seus semelhantes. Mas no começo ele não aceita, e foge da tribo, começando uma penosa jornada de auto-conhecimento, que tem seu fim no momento que ele aceita seu destino e retorna ao lar.
      Somos introduzidos no mundo do menino siberiano com 'Origins (The Day I Die)', uma intro mística, repleta de elementos étnicos e misteriosos, no melhor estilo Shaman. 'Lethal Awakening' é um powermetal vigoroso, cheio de energia, e a primeira das inúmeras amostras do alto nível da produção que foi dado ao disco; o som é perfeito, muito bem mixado e masterizado, e a composição em si também parece ser trabalhada a exaustão.Grande modo de abrir o disco!
       A música a seguir é considera por muitos fãs e críticos como a melhor do disco. 'Inferno Veil' é um petardo daqueles, com Confessori descendo o braço na bateria com tudo, riff's rápidos e cortantes e com Thiago soltando a voz numa de suas melhores apresentações da carreira. Individualmente, nota 10 para a música. Em seguida temosa peça “Ego”, que é dividida em duas partes, a primeira bem suave, com flautas e intrumentos exóticos, já a segunda caindo com tudo novamente no metal melódico veloz, pesado e técnico. Ambas as músicas são muito bacanas, bem pensadas e que criam um clima que condiz com o conceito das letras.
       'Finally Home' começa bem baixa, com ruídos de teclado e outros sons místicos, e aos poucos vai crescendo e tomando forma até explodir num musicão épico, tocante, em mais uma bela interpretação de Biachi. Mais um ponto alto do play. E numa batida bem parecida vem 'Rising Up to Life', que inicia com linhas de teclado mais claras, muito bonitas, que se junta a um instrumental grandioso e um refrão imponente.
       Já 'No Mind' e 'Blind Messiah' tem aquele ar mais europeu, com bastante velocidade, de forma um tanto reta, mas que consegue unir as batidas mais malemolentes que Confessori sabe dar, garantido uma aura de originalidade bastante característica. E a última faixa é 'S.S.D. (Signed, Sealed and Deliver)', que remonta de certa forma ao disco “Ritual”, com toda a atmosfera mística e étnica que é marca registrada do Shaman. Mistura bem esses elementos de world music com metal melódico de primeira linha, fechando perfeitamente com o conceito, pondo ponto final na jornada do xamã renascido. Final épico, eu diria.
        O metal brasileiro infelizmente é desunido (entre os fãs, pra deixar claro), não tem espaço na mídia e é muito estigmatizado pela parcela conservadora e de mente fechada da sociedade. É um tipo de arte que exige muita vontade e dedicação, com pouco retorno e reconhecimento, e que é feito com o coração e com a alma, sendo algo muito difícil e duro gravar e lançar um disco de Heavy Metal. E com este “Origins”, e também com tantos outros lançamentos de muita qualidade de bandas briasileiras, podemos perceber que o metal tem um potencial enorme, só falta espaço e vontade de alguns. Na carta do Thiago ele desabafa sobre esses temas, e convoca os fãs verdadeiros a se mobilizarem, para mudar essa situação e dar ao metalseu merecido lugar ao sol.
        Então eu peço a qualquer um que por ventura esteja lendo essas linhas: faça sua parte! Encha o saco da rádio da sua cidade, dos grandes meios de comunicação, valorize as bandas que você não curte, apoie e muito as que você curte, vá nos shows, compre Cd's, camisetas, aqueça o mercado! Não adianta só pagar pau para banda estrangeira, quando se tem tanta coisa boa bem embaixo dos nossos narizes ;D


O Shamam é:

Thiago Bianchi – Vocais
Léo Mancini – Guitarra
Fernando Quesada – Baixo
Ricardo Confessori – Bateria



Track List:

  1. Origins (The Day I Die) (0:59)
  2. Lethal Awakening (3:38)
  3. Inferno Veil (5:20)
  4. Ego pt 1 (2:19)
  5. Ego pt 2 (4:59)
  6. Finally Home (5:50)
  7. Rising up to Life (3:36)
  8. No Mind (4:09)
  9. Blind Messiah (5:40)
  10. S.S.D. (Signed, Sealed and deliver) (5:50)




quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dimmu Borgir - Abrahadabra

        Nos últimos tempos o Dimmu Borgir tem sido uma fonte de especulações, de todos os tipos e espécies. Saída de membros, possíveis entrada de músico famosos, qual seria o futuro do som da banda após a debandada de duas figuras importantes importantes como Vortex e Mustis e mais questões que brotavam na cabeça dos fãs e dos jornalistas esecilaizados em Heavy Metal. Mas confusões, dúvidas e boatos a parte, acabamos tendo material novo, e de muita qualidade.
      Em 2007 tivemos o espetacular “In Sorti Diaboli”, trabalho aclamado pela crítica como o melhor e mais complexo disco já lançado pelo Dimmu Borgir. Realmente é um disco fabuloso, que fez por merecer as inúmeras notas máximas que recebeu mundo a fora na época; mas neste ano de 2010, mesmo com tantos problemas, consegue lançar um disco que supera seu antecessor, que veio para tomar o posto de obra-prima na discografia dos noruegueses. Este “Abrahadabra” e monumental, contando pela primeira vez com uma orquestra completa, e que nos traz 10 faixas do mais incrível e grandioso Black Metal Sinfônico que o universo do metal já ouviu. Eles são mestres nisso, e mais uma vez dão show de técnica e criatividade, se mostrando músicos competentes e aplicados, que primam pela excelência do resultado do material que oferecem aos fãs.
       A intro 'Xibir' é um mix de sons da natureza, de animais selvagens, ruídos estranhos e distorções intrumentais, que já vão arrastando o ouvinte para o que há de se suceder no decorrer do play. Ela se uni magistralmente com 'Born Treachrous', um petardo de oito minutos, com passagens sinfônicas insanas, muito peso, distorções e um clima que eu alcunharia por acinzentado muítissimo bem construído. Uma forma impactante de começar os trabalhos. Depois vem a interessante 'Gateways', primeiro single do disco, que ganhou um video-clipe cinematográfico (que apesar de bastante bizarro, é fruto de uma super-produção muito profissional). Eu adorei a música, mas acho completamente desnecessária a primeira passagem de vocal feminino, que soa infantil e muito deslocada e sem sentido. Mas apesar disso é uma ótima música, com uma abordagem diferente, operística, épica de certa forma e com vocais que são diferenciados com o que a banda costuma fazer.
        Em seguida temos a grandiosa 'Chess With the Abyss', super intensa, de um peso incrível, corais incríveis e um intrumental que beira a perfeição técnica e artística. Mais um dos grandes destaques do disco. De cabeça não saberia dizer se já teria ouvido uma faixa auto-intitulada; 'Dimmu Borgir' tem ares da fase mais antiga da banda, de peso paquidérmico, compacta e praticamente reta. É o que muita gente chamaria de “pancada no ouvido”.
      'Ritualist' é mais uma porrada. Pesada como chumbo, com a bateria insandecida parecendo uma metralhadora, guitarras portentosas e um trabalho vocal rasgado maravilhoso, no melhor estilo Dimmu Borgir. Na sequência vem 'The Demiurge Molecule', que conta com excelentes linhas de teclado, também muito pesada e técnica. 'A Jewel Traced Trought Coal' vem na mesma linha, esbanjando grandiosidade e técnica apurada. Essa sequência arrebatadora encaminha para o desfecho da obra.
        Somos introduzidos em 'Renewal' com uma narração soturna, com uma levada bem Black por trás. Não demora muito para que surja mais uma vez o instrumental perfeito e o vocal característico, que fazem um clima tão obscuro e tenebroso que é capaz de tirar arrepios do ouvinte menos acostumando com esse tipo de som. E o fim vem com a surpreendente 'Endings and Continuations', que consegue reuinir com incrível competência elemntos dos mais diveros, passando pela pancadaria e peso normal, com momentos mais arrastados e climáticos, com toda a grandiosidade da orquestra e a pomposidade que essa interpretação garante, com riffs de Heavy Metal em modelos mais clásiscos. Genial. Um encerramento brilhante.
        Alguns críticos acusaram a banda de se entregar únicamente a técnica e deixar de lado o feeling (apesar desse termo soar esranho para uma banda de metal extremo, já que não sei que outra palavra usar para designar aquela “aura”, assim digamos, que havia no som deles no início da carreira), e que eles estavam sendo presunçosos com tamanha grandiloquência musical, com tamanho esmero e pomposidade nas suas novas composições. Pessoalmente não concordo com isso. O Dimmu Borgir nunca fora uma banda de Black Metal cru, apenas ríspido e pesado, sempre usou e abusou de teclados, sintetizadores e elementos orquestrais, e não deixou de ser assim em “Abradahabra”. O disco tem sua aura particular, que soa diferente e única, e isso pra mim já serve como feeling. Enfim, um disco que é praticamente perfeito e que é marco na carreira de uma das bandas mais influentes na cena extrema de todos os tempos (queiram os tr00's ou não).

O Dimmu Borgir é:

Shagrath – Vocais
Silenoz – Guitarra
Gader – Baixo
Daray – Bateria


Track List:

  1. Xibir (1:02)
  2. Born Treachrous (8:14)
  3. Gateways (4:59)
  4. Chess With the Abyss (6:50)
  5. Dimmu Borgir (4:04)
  6. Ritualist (6:03)
  7. The Demiurge Molecule (5:12)
  8. A Jewel Traced Trought Coal (5:03)
  9. Renewal (5:55)
  10. Endings and Continuatiosn (6:28)




Nota: a capa que foi divulgada originalmente acabou sendo modificada após o lançamento para esta que usei, não tenho muita certeza do porquê, mas creio que foi por causa de algum desentendimento com o artista que a criou.

Avantasia - Angel of Babylon


Pois bem, agora temos o “Angel of Babylon”, a derradeira parte da “The Wicked Trilogy”. Como já tinha dito na outra resenha, admiro demais a coragem e a ousadia de Sammet, que fez um trabalho belíssimo sem se prender ao seu passado, causando ira em uns, e admiração em outros.
            Esse disco me confirmou algo que já observara: Tobias é um sujeito hiper-ativo e com a cabeça fervilhante de idéias. Nos seus últimos trabalhos, tanto Edguy quanto o próprio Avantasia, ele ampliou enormemente sua gama de influências, dando um sopro novo para suas composições, deixando mais de lado aquilo que o consagrou (Isso não é uma crítica, já que qualquer um acabaria enjoado de fazer o mesmo álbum sem parar). E por sair da mesmice, por desbravar novos campos, que ele é crucificado a cada novo lançamento.
            ‘Stargazers’ é uma peça de 9 minutos que nos proporciona embates épicos entre simplesmente Jorn Lande, Michael Kiske, Russel Allen e Oliver Hartmann. A música em si pode te soar um tanto confusa, mas esse cast de vocalistas compensa qualquer coisa, em uma das interpretações coletivas mais incríveis que já ouvi. A faixa-título tem um refrão do selo qualidade Sammet, que na primeira ouvida já te obriga a cantarolá-lo por horas a fio, uma faixa muito bacana e que se houver mesmo uma nova tour, deve funcionar muito bem ao vivo.
            ‘Your Love Is Evil’ é de fato meio estranha, com o Tobias numa interpretação talvez meio exagerada, mas que no todo não deixa de ser uma boa música. A faixa seguinte é uma pequena obra-prima, que não haveria ninguém mais competente para dar voz a ela que Jon Oliva, lendário vocalista do Savatage. Esta ‘Death Is Just A Feeling’ soa como um pesadelo teatral, onde um fantasma chama no meio da noite e apavora quem já está com medo. Sem sombra de dúvida uma das coisas mais criativas que Tobias já compôs.
            Teria certo potencial radiofônico esta interessante ‘Rat Race’, bem agitada, de refrão ressoante e de instrumental muito bem trabalhado. ‘Down In The Dark’ é também uma faixa muito interessante, com outra participação brilhante de Jorn Lande e um clima envolvente. Pessoalmente não consegui gostar de ‘Blowing Out The Flame’, uma balada que parece não encaixar no disco, soando um tanto aleatória.
            ‘Symphony Of Life’ é uma música delicada. A única música que não é de Sammet, sendo assinada unicamente por Sascha Paeth. Cloudy Yang decididamente não é nenhuma vocalista espetacular, mas executa a canção com muita competência. A música tem uma veia pop latente (que deve ter feito muito fã xiita arrancar cabelos de ódio), mas que não soa vazia. Foi surpreendente ouvi-la, e foi uma surpresa positiva.
            Já ‘Alone I Remember’ é sensacional. Um hardão com ares setentista que dá uma vontade incrível de sair cantando por aí. Jorn Lande solta sua veia hard rock e manda mais uma atuação irrepreensível, que o confirma como o maior e mais importante membro dessa nova fase do projeto. ‘Promissed Land’ já era conhecida, mas a versão que entrou no disco tem uma sutil (mais importante) mudança: Onde havia Michael Kiske, agora temos Jorn Lande. O resultado ficou bom, Jorn dá uma entonação mais forte para a passagem que era de Kiske, o que deixou a música levemente mais áspera.
            O desfecho é triunfal. ‘Journey To Arcadia’ representa a redenção do personagem principal, que deu muitas voltas e teve muitos medos e dúvidas, onde ele se encontra e ruma para casa. É épica, grandiosa, com um feeling impressionante. Um final apoteótico e comovente, para uma história que mescla fantasia com alguma realidade escondida, que de alguma maneira a maioria dos ouvintes deve ter se auto-reconhecido acompanhando as letras.
            Foi uma história mais humana, mais metafórica, e que exigiu muito mais dos fãs para que houvesse alguma interpretação. Ao que parece, as histórias de capa e espada deixaram o repertório de Tobias Sammet.
            Sinceramente, achei este “Angel of Babylon” levemente inferior ao “The Wicked Symphony”. Mas nota é a mesma, e pra isso me uso do mesmo argumento de antes: é um disco muito bom, trabalhado com muito esmero, com grandes artistas, de belas composições e que merece muito a nota que levou.
            Com certeza serei criticado ferrenhamente por essas opiniões, sendo alcunhado de puxa-saco, fã cego, sem personalidade de ir contra ou que quer que seja. Mas me defendo dizendo o seguinte: muito antes de simplesmente opinar sobre metal, opino sobre música, e só sendo muito cego e alienado para querer negar que os dois discos lançados pelo projeto Avantasia sejam música ruim.
            Enfim, é um trabalho soberbo, maduro e que nos mostra que Tobias Sammet está muito ciente do que quer e aonde pode chegar. 

Track List:

01.  Stargazers – 09:32
02.  Angel of Babylon – 05:28
03.  Your Love Is Evil – 03:52
04.   Death Is Just A Feeling – 05:23
05.  Rat Race – 04:10
06.  Down In The Dark – 04:23
07.  Blowing Out The Flame – 04:53
08.  Symphony Of Life – 04:30
09.  Alone I Remember – 04:48
10.  Promissed Land – 4:46
11.  Journey To Arcadia – 07:17